quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Racismo na Itália

atacante brasileiro Amauri contou que ele e sua esposa Cynthia foram vítimas de racismo na Itália. "Também aconteceu comigo. Faz algum tempo, em uma loja me acusaram de ter tentado roubar uma baguete de pães", declarou o jogador da Juventus em entrevista à revista semanal Gioia.


"Eu estava apoiando [a baguete] sobre uma plataforma perto da saída, a porta automática se abriu e a dona queria chamar a polícia. Eu não havia feito nada, simplesmente era estrangeiro e não falava um italiano perfeito", afirmou. Amauri disse que respondeu imediatamente. "Chame [a polícia] e depois a denuncio por racismo. Eu sou mais italiano que você e talvez um dia represente o seu país".


Amauri estuda a possibilidade de jogar pela seleção italiana e o técnico Marcello Lippi já disse que tomará uma decisão sobre uma possível convocação quando o atacante retirar o passaporte italiano. Dunga, técnico da seleção brasileira, chamou Amauri para substituir Luís Fabiano no amistoso contra a Itália, mas a Juventus não liberou o jogador, já que a convocação foi feita fora do prazo.


Amauri pretende solicitar a cidadania italiana depois que sua esposa Cynthia obtê-la. Para ela, o racismo é uma exceção na Itália, "mas são episódios pelos quais se sente mal".


Ela ainda revelou que muitas vezes lhe disseram para fazer compras em locais mais baratos. "Quando voltava para casa e a encontrava mal-humorada, já sabia o motivo", disse Amauri, que está na Itália desde 2001 e já atuou por Chievo e Palermo, antes de se transferir para a Juventus em 2008.

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