terça-feira, 29 de junho de 2010

COISA BOA, NINGUÉM FICA SABENDO!

Foi publicado no DIÁRIO OFICIAL em 09/01/02, A Lei de n° 3.359 de 07/01/02, que dispõe:

Art.1° - Fica proibida a exigência de depósito de qualquer natureza, para possibilitar internação de doentes em situação de urgência e emergência, em hospitais da rede privada.'
Art 2° - Comprovada a exigência do depósito, o hospital será obrigado a devolver em dobro o valor depositado ao responsável pela internação. '
Art 3° - Ficam os hospitais da rede privada obrigados a dar possibilidade de acesso aos usuários e a afixarem em local visível a presente lei. '
Art 4° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.'

Uma lei como essa, que deveria ser divulgada, está praticamente escondida!

Tá na hora de acabar com o amadorismo no Rádio!!!

Existem coisas no rádio de Curitiba e Serra Gaúcha, e deve ser assim no resto do sul, que é simplesmente lamentável. Que a maioria das rádios brasileiras estão nas mãos de políticos isso é um fato, mas pior do que o mal uso desse instrumento, é a forma amadora como o veículo vem sendo tratado. Quase não há excessões.

A coisa mais comum é você ver setores estratégicos das emissoras sendo entregues a pessoas não habilitadas. Áreas importantíssimas como programação musical, marketing, promoção, e comercial estão sendo tocadas com negligência.
Esse comportamento dos empresários (ou testas de ferro) é absolutamente prejudicial sob vários pontos de vista. O rádio fica cada vez mais mal feito para prejuizo do ouvintes. Tem coisa pior por exemplo do que você ouvir a mesma programação numa emissora 24 horas por dia?

Para muitos fazer uma programação musical não tem mistério, é só escolher as músicas indiscriminadamente e pronto! na minha primeira reunião em rádio eu ouvi o sujeito responsável pela seleção do locutores da antiga antena um em Curitiba , ensinar criteriosamente como fazer uma programação musical, como lançar uma música, como exclui-la paulatinamente da programação sem choques, como causar supresa nos ouvintes trazendo “flashes” e “mid backs” que ninguém mais ouve. Enfim a primeira lição que aprendi em rádio é que nada acontece ao acaso. Há um critério, há pesquisas, há números que respaldam os programadores. E cá pra nós não há nada melhor do saber o que esta fazendo.

A prova disso é a Rádio Caioba fm (102,3) emissora de linha pop que vem se mantendo em primeiro lugar anos a fio. Ao mesmo tempo em que a Clube, peca na plástica e locução, é a melhor programação musical do gênero, e aí vale os parabéns ao Celso Ribeiro com vários anos de experiência.

A gente sabe que o jabá institucionalizado obriga as emissoras, de certa forma, a sacrificar sua programação durante doze horas diárias, das sete da manhã as sete da noite, quando são fiscalizadas pelas empresas de rádio escuta. Mas o que dizer das outras doze horas em que a programação continua na mesma mediocridade?
Outros casos inadimissíveis são emissoras que tem excelentes produtos não venderem suas cotas de patrocínio por incompetência dos gerentes comerciais, ou ainda uma emissora mal produzida onde os produtos são expostos de maneira equivocada, com textos mediocres, e até erros primários de português. Isso depõe
gravemente contra uma empresa de comunicação. Somos formadores de opinião e não “deformadores”

Esse tipo de coisa é mais comum do que se imagina, e qual o resultado? é uma radio ruim de se ouvir, mal produzida e mal vendida. Não dá pra vencer sem investir. Profissionais especializados nas áreas certas produzem mais, geram lucros e por consequência evitam a absurda rotatividade que se observa no meio. Os empresários não querem pagar melhor e vivem fazendo experiências. Quando não dão certo, e geralmente não dão, trocam as peças que por sua vez mudam os seus subordinados gerando despesas com indenizações e má produtividade, um funcionário novo leva um tempo pra dar os resultados que se esperam dele. É como ocorre com os técnicos de futebol, o time vai mal, por vários motivos , mas sobra para o treinador, o novo chega e solicita reforços ao departamento de futebol. Gerando mais despesas. Até que ele conheça o grupo, e o potencial de cada um dos integrantes do time, leva tempo. Eu já cruzei com muitos empresários de rádio que além de desconhecerem o ramo, serem despreparados, não acreditam num trabalho a médio prazo, querendo resultados milagrosos da noite pro dia. Muitos ainda são extremamente cooptáveis e incapazes de tomar suas próprias decisões. Isso dificulta muito o trabalho que quem realmente quer trabalhar mas não tem talento pra puxar saco.

Jornais

Os jornais são, em parte, dos seus donos – a imprensa pertence à democracia

Quanto a isso, a pergunta mais freqüente dos defensores de governos é bem direta: o governo tem como entrar nesse debate, no interior da imprensa, sem sofrer restrições? O que muitos temem é que as direções dos veículos direcionem em demasia o fluxo das informações e das opiniões. Imagina-se que, na medida em que jornais e emissoras são dirigidos por interesses privados, o que é um fato, tudo o mais resulta prejudicado, sob a primazia desses mesmos interesses. O diagnóstico, no plano imediato, é correto, mas as conclusões é que são prejudicadas.

A instituição da imprensa é mais larga, mais alta e mais profunda do que o regime de propriedade que pesa sobre a maior parte dos meios de comunicação. A dinâmica da cidadania, para a própria saúde comercial dos bons veículos, fala neles com mais força do que os interesses privados. O ponto que define a clivagem não se encontra no interior das instâncias decisórias, particulares, de cada publicação, mas reside, antes, no dinamismo natural da própria democracia. É isso que explica os deslocamentos ideológicos que cada um dos veículos jornalísticos sofre de tempos em tempos.

Esses veículos são mais permeáveis aos imperativos da democracia do que a própria democracia é permeável aos interesses corporativos, por mais que, em várias ocasiões, estes se insurjam como ameaças. Jornais, revistas e emissoras têm donos privados, mas esses não têm poder absoluto sobre a pauta e sobre o noticiário. Precisam, no mínimo, "negociar" diariamente suas próprias inclinações políticas com a evidência dos fatos. Eles são donos dos veículos, mas não têm como ser donos das notícias.

Com a emergência das redes interconectadas, essa verdade se manifesta com eficácia ainda maior. Hoje, as manipulações têm durabilidade mais breve – e o preço para quem as comete tende a subir. Em contrapartida, as discussões recorrentes e cada vez mais comuns sobre a qualidade do jornalismo, em seus vários níveis, convertem-se em serviço de utilidade pública. Os questionamentos da imprensa, no interior da própria imprensa, ampliam as possibilidades de que ela reflita com mais justiça os clamores da sociedade.

É também por essas razões que tenho insistido: para um governo democrático, não há canal mais adequado para dialogar com a sociedade do que a instituição da imprensa. A publicidade pode até, excepcionalmente, aparecer como um recurso necessário – mas muito, muito excepcionalmente mesmo. Como regra, a comunicação cidadã deveria presidir toda a comunicação de governo.

BENDITA PATRIÁ

É lamentável a depreciação que os próprios brasileiros fazem do Brasil.
Parece que uma onda de pessimismo varre o país de norte a sul. E o que mais e mais se ouve, se lê e se assiste são frases pessimistas e cheias de ranço.
No entanto, os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para falar bem do Brasil e bons motivos para enaltecer nossa bendita nação.
Segundo dados fornecidos pela Antropos Consulting, o Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.
O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.
Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.
Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações.
O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.
Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.
No Brasil temos 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.
Das crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos, 97,3% estão estudando.
O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.
Na telefonia fixa, nosso país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.
Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO 9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.
O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.
Por que temos esse vício de só falar mal do nosso Brasil?
Por que não nos orgulhamos em dizer que nosso mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?
Que temos o mais moderno sistema bancário do planeta? Que nossas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?
Por que não falamos que somos o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?
Por que não dizemos que somos hoje a terceira maior democracia do mundo? Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?
Por que não nos lembramos que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?
Por que não nos orgulhamos de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando?
É! O Brasil é um país abençoado de fato.
Bendito país, que possui a magia de unir pessoas de todas as raças, de todas as religiões, de todas as cores...
Bendito país que sabe entender todos os sotaques...
Bendito país que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A vida como ela é...

Certa vez, trabalhei em uma empresa. Foi lá que
>> fiquei conhecendo um rapaz chamado Mauro. Ele era grandalhão e gostava
>>> de fazer brincadeiras com os outros, sempre pregando pequenas peças.
>> Havia também o Ernani, que era um pouco mais velho que o resto do grupo.
>> Sempre quieto, inofensivo, à parte, Ernani costumava comer o seu lanche
>> sozinho, num canto da sala. Ele não participava das brincadeiras que
>> fazíamos após o almoço, sendo que, ao terminar a refeição, sempre
>> sentava sozinho debaixo de uma árvore mais distante.
>> Devido a esse seu comportamento, Ernani era o alvo natural das
>> brincadeiras e piadas do grupo. Ora ele encontrava um sapo na marmita,
>> ora um rato morto em seu chapéu.
>> E o que achávamos mais incrível é que ele sempre aceitava aquilo sem
>> ficar bravo.
>> Em um feriado prolongado, Mauro resolveu ir pescar no Pantanal.
>> Antes, nos prometeu que, se conseguisse sucesso, iria dar um pouco do
>> resultado da pesca para cada um de nós.
>> No seu retorno, ficamos todos muito animados quando vimos que ele havia
>> pescado alguns dourados enormes. Mauro, entretanto, levou-nos para um
>> canto e nos disse que tinha preparado uma boa peça para aplicar no
>> Ernani. Mauro dividira os
>> dourados, fazendo pacotes com uma boa porção para cada um de nós. Mas, a
>> peça programada era que ele havia separado os restos dos peixes num
>> pacote maior, à parte.
>> Vai ser muito engraçado quando o Ernani desembrulhar esse presente e
>> encontrar espinhas, peles e vísceras! disse-nos Mauro, que já estava se
>> divertindo com aquilo.
>> Mauro então distribuiu os pacotes no horário do almoço. Cada um de nós,
>> que ia abrindo o seu pacote contendo uma bela porção de peixe, então
>> dizia:
>>
>> Obrigado!..
>> Mas o maior pacote de todos, ele deixou por último.
>> Era para o Ernani.
>> Todos nós já estávamos quase explodindo de vontade de rir, sendo que
>> Mauro exibia um ar especial, de grande satisfação. Como sempre, Ernani
>> estava sentado sozinho, no lado mais afastado da grande mesa. Mauro
>> então levou o pacote para perto
>> dele, e todos ficamos na expectativa do que estava para acontecer.
>> Ernani não era o tipo de muitas palavras. Ele falava tão pouco que,
>> muitas vezes, nem se percebia que ele estava por perto. Em três anos,
>> ele provavelmente não tinha dito nem cem palavras ao todo. Por isso, o
>> que aconteceu a seguir nos pegou
>> de surpresa.
>> Ele pegou o pacote firmemente nas mãos e o levantou devagar, com um
>> grande sorriso no rosto.
>> Foi então que notamos que seus olhos estavam brilhando. Por alguns
>> momentos, o seu pomo de Adão se moveu para cima e para baixo, até ele
>> conseguir controlar sua emoção.
>> Eu sabia que você não ia se esquecer de mim?, disse com a voz embargada.
>> Eu sabia, você é grandalhão e gosta de fazer brincadeiras, mas sempre
>> soube que você tem um bom coração?. Ele engoliu em seco novamente, e
>> continuou falando, dessa vez para todos nós:
>> Eu sei que não tenho sido muito participativo com vocês, mas nunca foi
>> por má intenção. Sabem...
>> Eu tenho cinco filhos em casa, e uma esposa inválida, que há quatro anos
>> está presa na cama.
>> E estou ciente de que ela nunca mais vai melhorar. Às vezes, quando ela
>> passa mal, eu tenho que ficar a noite inteira acordado, cuidando dela. E
>> a maior parte do meu salário tem sido para os seus médicos e os
>> remédios. As crianças fazem o que podem para ajudar, mas tem sido
>> difícil colocar comida para todos na mesa. Vocês talvez achem esquisito
>> que eu vá comer o meu almoço sozinho, num canto... Bem, é que eu fico
>> meio envergonhado, porque na maioria das vezes eu não tenho nada para
>> pôr no meu sanduíche. Ou, como hoje, eu tinha somente uma batata na
>> minha marmita.
>> Mas eu quero que saibam que essa porção de peixe representa, realmente,
>> muito para mim.
>> Provavelmente muito mais do que para qualquer um de vocês, porque hoje à
>> noite os meus filhos..., ele limpou as lágrimas dos olhos com as costas
>> das mãos. Hoje à noite os meus filhos vão ter, realmente, depois de
>> alguns anos..." e ele começou a abrir o pacote...
>> Nós tínhamos estado prestando tanta atenção no Ernani, enquanto ele
>> falava, que nem havíamos notado a reação do Mauro. Mas agora, todos
>> percebemos a sua aflição quando ele saltou e tentou pegar o pacote
>> das mãos do Ernani. Mas era tarde demais. Ernani já tinha aberto e
>> pacote e estava, agora, examinando cada pedaço de espinha, cada porção
>> de pele e de
>> vísceras, levantando cada rabo de peixe.
>> Era para ter sido tão engraçado, mas ninguém riu. Todos nós ficamos
>> olhando para baixo. E a pior parte foi quando Ernani, tentando sorrir,
>> falou a mesma coisa que todos nós havíamos dito anteriormente:
>> Obrigado!".
>> Em silêncio, um a um, cada um dos colegas pegou o seu pacote e o
>> colocou na frente do Ernani, porque depois de muitos anos nós
>> havíamos, de repente, entendido quem era realmente o Ernani.
>> Uma semana depois, a esposa de Ernani faleceu. Cada um de nós,
>> daquele grupo, passou então a ajudar as cinco crianças. Graças ao
>> grande espírito de luta que elas possuíam, todas progrediram muito:
>> Carlinhos, o mais novo, tornou-se um importante médico.
>> Fernanda, Paula e Luisa montaram o seu próprio e bem-sucedido
>> negócio: elas produzem e vendem doces e salgados para padarias e
>> supermercados. O mais velho, Ernani Júnior, formou-se em Engenharia;
>> sendo que, hoje, é o Diretor Geral da mesma empresa em que eu, Ernani
>> e os nossos colegas trabalhávamos.
>> Mauro, hoje aposentado, continua fazendo brincadeiras; entretanto, são
>> de um tipo muito diferente:
>> Ele organizou nove grupos de voluntários que distribuem brinquedos
>> para crianças hospitalizadas e as entretêm com jogos, estórias e
>> outros divertimentos.
>> Às vezes, convivemos por muitos anos com uma pessoa, para só então
>> percebermos que mal a conhecemos.
>> Nunca lhe demos a devida atenção; não demonstramos qualquer interesse
>> pelas coisas dela; ignoramos as suas ansiedades ou os seus problemas.