terça-feira, 29 de junho de 2010

Tá na hora de acabar com o amadorismo no Rádio!!!

Existem coisas no rádio de Curitiba e Serra Gaúcha, e deve ser assim no resto do sul, que é simplesmente lamentável. Que a maioria das rádios brasileiras estão nas mãos de políticos isso é um fato, mas pior do que o mal uso desse instrumento, é a forma amadora como o veículo vem sendo tratado. Quase não há excessões.

A coisa mais comum é você ver setores estratégicos das emissoras sendo entregues a pessoas não habilitadas. Áreas importantíssimas como programação musical, marketing, promoção, e comercial estão sendo tocadas com negligência.
Esse comportamento dos empresários (ou testas de ferro) é absolutamente prejudicial sob vários pontos de vista. O rádio fica cada vez mais mal feito para prejuizo do ouvintes. Tem coisa pior por exemplo do que você ouvir a mesma programação numa emissora 24 horas por dia?

Para muitos fazer uma programação musical não tem mistério, é só escolher as músicas indiscriminadamente e pronto! na minha primeira reunião em rádio eu ouvi o sujeito responsável pela seleção do locutores da antiga antena um em Curitiba , ensinar criteriosamente como fazer uma programação musical, como lançar uma música, como exclui-la paulatinamente da programação sem choques, como causar supresa nos ouvintes trazendo “flashes” e “mid backs” que ninguém mais ouve. Enfim a primeira lição que aprendi em rádio é que nada acontece ao acaso. Há um critério, há pesquisas, há números que respaldam os programadores. E cá pra nós não há nada melhor do saber o que esta fazendo.

A prova disso é a Rádio Caioba fm (102,3) emissora de linha pop que vem se mantendo em primeiro lugar anos a fio. Ao mesmo tempo em que a Clube, peca na plástica e locução, é a melhor programação musical do gênero, e aí vale os parabéns ao Celso Ribeiro com vários anos de experiência.

A gente sabe que o jabá institucionalizado obriga as emissoras, de certa forma, a sacrificar sua programação durante doze horas diárias, das sete da manhã as sete da noite, quando são fiscalizadas pelas empresas de rádio escuta. Mas o que dizer das outras doze horas em que a programação continua na mesma mediocridade?
Outros casos inadimissíveis são emissoras que tem excelentes produtos não venderem suas cotas de patrocínio por incompetência dos gerentes comerciais, ou ainda uma emissora mal produzida onde os produtos são expostos de maneira equivocada, com textos mediocres, e até erros primários de português. Isso depõe
gravemente contra uma empresa de comunicação. Somos formadores de opinião e não “deformadores”

Esse tipo de coisa é mais comum do que se imagina, e qual o resultado? é uma radio ruim de se ouvir, mal produzida e mal vendida. Não dá pra vencer sem investir. Profissionais especializados nas áreas certas produzem mais, geram lucros e por consequência evitam a absurda rotatividade que se observa no meio. Os empresários não querem pagar melhor e vivem fazendo experiências. Quando não dão certo, e geralmente não dão, trocam as peças que por sua vez mudam os seus subordinados gerando despesas com indenizações e má produtividade, um funcionário novo leva um tempo pra dar os resultados que se esperam dele. É como ocorre com os técnicos de futebol, o time vai mal, por vários motivos , mas sobra para o treinador, o novo chega e solicita reforços ao departamento de futebol. Gerando mais despesas. Até que ele conheça o grupo, e o potencial de cada um dos integrantes do time, leva tempo. Eu já cruzei com muitos empresários de rádio que além de desconhecerem o ramo, serem despreparados, não acreditam num trabalho a médio prazo, querendo resultados milagrosos da noite pro dia. Muitos ainda são extremamente cooptáveis e incapazes de tomar suas próprias decisões. Isso dificulta muito o trabalho que quem realmente quer trabalhar mas não tem talento pra puxar saco.

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