quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Marcelo Bonan "GRANDE BROTHER" ja gravou o liquidance e vinhetas para sp3 em 2004

Alô queridos colegas de todo Brasil. Hoje batemos mais um papo bacana, com mais um profissional versátil e super talentoso. Atendendo a pedidos de vários colegas do Sul do país fãs de seu trabalho, conversamos com Marcelo Bonan, atualmente na Metropolitana-SP e que nos contou toda a sua trajetória profissional e mais algumas curiosidades interessantes. Vem comigo, pois vale muito a pena conferir no Entrevistas.

Onde tudo começou para você no mundo do rádio?

Tudo começou em 1996 quando recebi um convite para apresentar um set mixado numa rádio comunitária em São Paulo. Foi amor à primeira vista quando a porta do estúdio da rádio abriu. Lembro até hoje daquele microfone Shure 55 olhando pra mim. Daquele dia em diante minha vida passou a ser rádio.

O que você fazia antes da profissão?

Antes trabalhava como dj. Na verdade sou até hoje. Tinha equipamento próprio de som e iluminação e nos fins de semana pintavam festas de 15 anos, casamentos, baladinhas da galera e muitas outras situações. Era muito bom, uma época diferente onde o acesso a música era muito difícil, então você tinha que levar para um baile uma enorme quantidade de discos (lp"s) e nessa época o cd ainda era uma novidade.

Quais foram os seus inspiradores profissionais?

Me inspiro até hoje. O rádio exige motivação e inspiração diárias. A cabeça sempre tem que estar funcionando. Poderia citar uns 10 nomes, mas os 3 que mais me inspiraram foram o Waguinho, Marcelo Braga e Emílio Surita. Hoje a minha alegria é ver os meus amigos conquistando espaços, oportunidades, tornando-se "monstros do rádio".

Você depois de determinado tempo passou a dedicar-se mais a produção e coordenação do que a locução em rádio. Por que houve essa mudança?

Na verdade produção começou na minha carreira quase no mesmo momento que a locução. Na quarta rádio comunitária que trabalhei, não tinha nenhum estúdio de produção e foi aí que tudo começou. Improvisamos um estúdio, grudamos umas caixas de ovos na parede e colocamos a mão na massa. Em 1999 quando finalmente tive minha primeira oportunidade de estágio na Transamérica, comecei primeiro na produção pra posteriormente ir para a locução. Então sempre fui locutor e produtor. Essas duas funções sempre caminharam paralelamente na minha carreira. Atualmente estou na produção apenas devido ao volume de trabalho na Metropolitana Yes!. Coordenação é uma grande novidade na minha vida. Numa rádio como a Metropolitana ainda o desafio é muito maior. Pretendo me aprimorar cada vez mais, um objetivo de vida.

Qual foi o seu maior desafio na profissão, que estando diante dele, pensou em desistir de tudo?

Com certeza trabalhar 4 anos de graça nas rádios comunitárias de São Paulo foi a maior provação profissional. Sempre acreditei que um dia eu conseguiria alcançar o meu objetivo e até hoje nunca pensei em desistir, não me vejo fazendo algo que não seja rádio ou tocar.

Lembra de algo curioso no rádio que sempre ti traz muita alegria?

Não chega a ser curioso, mas me traz muita alegria ver o meu trabalho e dos meus amigos dando certo. A gente não ganha muito, mas se diverte demais...

Você acha que as grandes cidades - a maioria capitais - ainda são a coqueluche do rádio para se ter sucesso profissional?

São Paulo é o maior mercado de rádio da América Latina. Aqui você abre o microfone e tem a possibilidade de falar pra muita gente. É um mercado extremamente competitivo e isso é fascinante. A disputa pela preferência do público exige uma constante evolução. Qual o profissional que não gostaria de estar numa corrida dessas ?

O que ainda ti impressiona positiva e negativamente no rádio hoje em dia?

Boas idéias e bons profissionais me impressionam positivamente. Rádios mal administradas me impressionam negativamente.

Gostaria que seu filho seguisse a mesma carreira?

Não tenho filhos. Se um dia tiver, gostaria que ele trabalhasse sim porque o rádio é encantador e proporciona momentos de muito prazer. A decisão seria dele mesmo.

Qual a sua opinião sobre as novas tendências que estão aí, bem dizendo. Web Radio e Rádio Digital.

Em relação as rádios Web, já participei de algumas e pude ver como é um mercado difícil. A facilidade de ter uma rádio no seu computador, o grande número de rádios pelo mundo e a falta de patrocinadores faz com que a maioria não dure muito tempo. Tenho minhas dúvidas em relação ao futuro das rádios Web. A maioria dos internautas brasileiros está no Orkut, MSN e You Tube, infelizmente. Já o Rádio Digital caminha a passos lentos, já que as empresas que fabricam os aparelhos receptores não investem em aparelhos digitais e como não existem aparelhos receptores em grande escala, as rádios não investem nesta tecnologia. É uma faca de dois gumes.

Algo que conquistou, está conquistando e gostaria de conquistar num futuro próximo.

O rádio foi uma grande conquista na minha vida. Espero conquistar cada vez mais o meu espaço no meio.

Alguns colegas do sul do país, admiradores do seu trabalho, nos pediram que você, tivesse esse papo com a gente e aproveitando, o que diria sobre a profissão, para os mais novos na carreira?

É um mercado sempre aberto a novos talentos. Acredite, eu ouço todos os pilotos que chegam aqui na Metropolitana e os melhores não são descartados. Cresça lentamente com dignidade e muito profissionalismo. Deixe sempre as portas abertas. Essa já é a segunda vez que trabalho aqui na Metropolitana. A cada dia estaremos aprendendo alguma coisa sobre o rádio. Então não existe fórmula mágica. Com muito trabalho tudo dará certo.

Sua fórmula para uma grande rádio ter $uce$$o, já que você é o coordenador de locutores.

Como disse na resposta acima, não existe fórmula mágica. É deixar o "achismo" de lado e pesquisar. O rádio é uma das coisas mais óbvias que eu já conheci. Não tem o que ficar inventando. Saber o que seu público consome, o que ele faz, e o principal, o que ele quer ouvir. O rádio não é repetitivo como algumas pessoas dizem, são os ouvintes que consomem as mesmas músicas.

Deixe suas considerações finais.

Valeu pela oportunidade de expor minhas opiniões e poder contar um pouco desses meus 12 anos de rádio nesta entrevista.

Bate-Bola

Eu sou: Marcelo Bonan

Mas poderia ser: Marcelo Bonan

Apelido: Cabeção

Locução, produção ou coordenação: os 3

Vinyl, cartucheira ou enter: Enter

Time do coração: Palmeiras

Amor: Minha esposa Celinha, meus pais e meu cachorro Flock

Música especial: As que ouço no meu carro

Um arrependimento: Só me arrependerei de alguma coisa que um dia eu não fizer

Uma grande lembranca: Meus avós e minha diabetes, ela eu não posso esquecer nenhum dia

Um sonho: Ser rico um dia, porque pobre todo dia é difícil

Sou grato ao: Luiz Carlos (o maior homem da minha vida)

Mais amigos ou colegas: Bons amigos e alguns colegas

Esporte: Pratico rádio pela manhã, a tarde faço uma série de rádio e a noite mais uma dose de rádio.

Marcelo Bonan by Marcelo Bonan: Do bem sempre, verdadeiro até demais.

Nenhum comentário: