A inveja é, sem
dúvida, o mais antigo sentimento que se tem notícia, depois do amor. Pela inveja
o mal entrou no mundo, pela inveja Caim matou Abel*1, pela inveja sofremos
diariamente.
Podemos definir a
inveja como "desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem, desejo violento
de possuir o bem alheio".
Acredito que muitas
vezes as pessoas não tem bem definido o que é a inveja, confundindo-a com o
desejo de ser feliz tanto quanto o outro o é. Ou seja, ambicionamos conseguir as
mesmas coisas de alguém e isto não é inveja, desde que por meios justos
trabalhemos para tal, e além de tudo esse desejo é reconhecer em si próprio a
capacidade da conquista.
Agora, a inveja é,
repetindo, o desejo violento de se possuir o bem alheio, e sempre que há a
inveja ela vem acompanhada da maldade.
Ora, se sentimos
tristeza pela felicidade alheia, esse sentimento é desprovido de amor, portanto
só pode haver ódio, e onde há o ódio há também o mal. Se assim não fosse, a
inveja não seria considerada um pecado. Independente da religião, sabemos que a
inveja nasce no mal e se torna um vício e fonte de muitos outros males.
E como distinguir a
inveja da ambição?
A ambição acompanha
os guerreiros, os fortes. Podemos ter objetivos para alcançar algo, no entanto,
se não temos a ambição, ou seja, o anseio ardente que nos impulsionará para a
realização concreta dos nossos planos, estes não passarão de ilusões.
A ambição é
necessária na vida e não podemos nos envergonhar de dizer que a temos. Muitas
vezes as pessoas receiam falar que a possuem, com medo de serem chamadas de
egoístas ou algo que o valha, justamente pela incompreensão do seu
significado.
Diferentemente dos
ambiciosos temos os invejosos, que são, em grande parte, gananciosos e neste
ponto é que reside toda a confusão, porque a ganância, normalmente nascida da
inveja, também é uma ambição, porém, desmedida.
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