sábado, 16 de fevereiro de 2013

Fim do horário de verão: os efeitos do 'atrasa/adianta' no organismo

Que sono!





O relógio desperta: uma hora de atraso. Sim, é hora de retomar a rotina, à volta às aulas, trabalho, mas o sono toma conta e a vontade é uma só: ficar na cama.

Esse será o retrato desta segunda-feira, 18, depois do término do Horário de Verão, na madrugada de sábado para domingo. Mas até que ponto o organismo 'estranha' essa mudança de horário - atrasa/adianta?

O biólogo Ivo Hartmann explica que em nosso organismo existem glândulas que ajustam o corpo ao horário, por meio do ciclo claro/escuro ou pelas atividades regulares que fazem parte de nossa vida, como os horários de alimentação e de trabalho.

Desregular esse tempo biológico, como por exemplo, no horário de verão, faz com que o cérebro seja obrigado a produzir outras reações a fim de se reprogramar. Isso não acontece de imediato.

- Assim como o organismo não está preparado para dormir de dia, também não está adaptado para acordar no escuro da madrugada - observa o especialista. As pessoas cujo estilo de vida implique grande irregularidade de horários por longos períodos de tempo estão sujeitas a problemas de saúde, como estresse, distúrbios do sono e do sistema digestivo, entre outros.

Crianças e adolescentes sofrem menos que adultos para se adaptarem a mudanças de horários. Mesmo assim, é preciso tomar alguns cuidados para evitar problemas como perda de concentração e ansiedade. Com o término do horário de verão, que aconteceu neste final de semana, as dicas básicas são praticar exercícios físicos, manter os horários de sono e evitar alimentos estimulantes antes de ir dormir.

Segundo a psicóloga, Caroline Sobocinski Paes Pereira, a atenção é necessária em dois períodos de adaptação. Tanto quando os relógios são adiantados, no início do horário, quanto quando são atrasados, como agora.

Para as crianças, a adaptação exige mais pelo lado emocional. Já para os adolescentes, a adaptação física é mais difícil.

Outra probabilidade é o surgimento de problemas com a alimentação. De acordo com a especialista, não dá para prever quanto tempo é necessário para se sentir à vontade no novo horário. A adaptação é variável. Pode levar desde poucos dias até um ou dois meses, lembrando que crianças e adolescentes se adaptam mais facilmente do que adultos.

Para neurologista e especialista em distúrbios do sono, Márcia de Assis, dormir bem é essencial para a boa saúde. Segundo a especialista, são as horas que o organismo reserva para descansar do desgaste do tempo em que passamos acordados, recuperando os hormônios vitais para o funcionamento do corpo e da mente.

Efeitos colaterais
- Insônia
- Sonolência diurna
- Cansaço
- Fraqueza muscular
- Dores de cabeça
- Mau-humor
- Alteração do apetite
- Distúrbios estomacais
- Confusão mental
- Irritabilidade
- Queda da imunidade

Créditos: Ieda Beltrão - Olá Serra Gaúcha.

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