terça-feira, 22 de setembro de 2009

A pequena história do Palhaço Triste






O palhaço triste deambula pelas ruas. Ri por fora, chora por dentro. Arrasta os pés, pressiona a mão contra o peito. A vida fez dele um “engraçado falso”, que passou pelas várias fases inerentes a este estado de espírito. A ingenuidade, a ordinarice (e não como sinónimo de comum) e, agora, a triste. As lágrimas verdadeiras encontram-se com a que tem pintada na face e o palhaço esfrega a cara, transformando-a num grande borrão. Despenteia os cabelos num acesso de raiva.

“Olha o mostro!”, exclama a criançada.

Já mais calmo, pega no lenço de pano de assoar o nariz e limpa o rosto, concerta os suspensórios, conta as rugas e pinta um sorriso de verdade no coração.

Eu Lobão sou o palhaço de hoje...


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