sexta-feira, 4 de julho de 2008

Resgate mal explicado

O noticiário internacional é dominado pelo resgate de Ingrid Betancourt.

No meu humilde e desimportante entender, foi inacreditável esta operação do exército colombiano. Como a fuga dos judeus do Egito, e como a operação dos comandos de Israel que resgatou dezenas de israelenses em poder das forças africanas, este resgate é histórico.

E, enfatizo, no meu humilde e desimportante entender, ele só pôde ser realizado por traição de membros da Farc. Não houvesse traição, não acredito que seria possível chegar a este cúmulo de 15 reféns serem resgatados em plena selva — área de domínio dos guerrilheiros —, sãos e salvos, sem disparo de um único tiro. Houve traição, não tenho dúvida alguma.

Ainda sob domínio das Farc, os reféns foram colocados dentro de um helicóptero, onde havia mais forças do exército nacional do que dos próprios integrantes das Farc! Então, dois guerrilheiros foram imediatamente dominados por militares infiltrados que usavam camisetas com a esfinge de Che Guevara! E, incrivelmente, os 15 seqüestrados passaram de reféns das Farc à custodia do exército nacional.

É fantástico. Esta versão teria de ser melhor explicada, no meu entender.

De qualquer sorte, tivemos uma surpresa extraordinária. Quando Ingrid Betancourt chegou ao aeroporto de Bogotá, imaginou-se que se veria uma figura mirrada, doente. Surpeendentemente, o que surge é uma mulher estuante de saúde, falante, sorrindo, concedendo entrevistas.

Que surpresa impressionante.

Nenhum comentário: