Estes
dias, fui à casa de um amigo que mora em um apartamento e quando entrei no
elevador, observei duas mulheres com filhos da mesma idade, de aproximadamente
cinco anos. Eram dois meninos: o primeiro estava segurando um carrinho de
plástico, sem rodinhas, e as portinhas estavam soltas, e toda hora caia no piso.
Ele dirigia este pequeno automóvel pelas paredes do elevador, e na sua boca saia
o barulho de um motor potente; o outro tinha um carrinho de controle remoto, e
apenas segurava-o com as mãos.
De
repente surgiu um diálogo. "Olha que carrinho legal, me deixa ver?", perguntou o
guri que tinha o carrinho de plástico. foi meu pai que me deu", respondeu o
outro. Um diálogo incrível surgiu entre as crianças, como se elas se conhecessem
há muito tempo. O mais triste desta história, é que as duas mulheres, que
pareciam ser a mãe dos garotos nem se olharam, eram como se fossem invisíveis.
Observava a tudo e sorria para os moleques.
Fiquei
pensando em como definir uma explicação para que duas crianças tão diferentes
que não se conhecem, mas tornam-se amigas de uma forma tão natural e pura, não
importando a classe social.
Lembrei-me de Jesus, quando disse: "Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior reino dos céus" (Mateus 18/4). Por outro lado, o mundo adulto é cheio de justificativas, tentando explicar o inexplicável e são capazes de virar a cara e ignorar outra pessoa, como aconteceu com as duas mulheres.
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