Lobão, encontrava-se em seu habitual reduto.
Entre goles e prosas,
divagava sobre a inexistência do amor.
- O que todos falam que é amor na
verdade é paixão, caro amigo.
Uma reação química seguida por uma atração ou
vice e versa.
O que leva uma pessoa à paixão é o mesmo que leva outra às
drogas:
A adrenalina.
O amor, como tantos falam, não
existe.
Ressentido como muitos, frustrado como poucos.
Lobão,
perdera a essência.
Tornara-se uma pessoa fria e cética.
Não permitindo
nada mais que a verdade do seu próprio câncer:
A solidão.
-
Compreendo que todos têm falhas de caráter, mas talvez não percebam.
A
tendência é ignorar os próprios defeitos e enaltecer, em voz alta, suas
principais qualidades. Tentando, ao menos, convencer a si mesmo que é uma pessoa
melhor do que as outras.
Não usarei isso como desculpa para a fraqueza, mas
prefiro demonstrar meus defeitos.
Talvez venha deste fato tudo o que sinto.
Derivando da minha inabilidade de contato, a solidão que assola e massacra
ao mesmo tempo.
A verdade é que só o espírito livre conseguirá viver como a
Lua, solitária e ainda reluzente.
Lobão e suas certezas e dúvidas ruma
para casa, novamente, bêbado e só.
Esperando uma luz...
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